segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Compre um Cachorro

Artigo publicado na coluna Opinião, Jornal NH.

Estou tão preocupada com a minha mãe!, disse Mariana. E dona Eugênia respondeu: mas o que está acontecendo com ela? Mariana continuou – Ela anda triste, para baixo. Minha irmã disse que a nossa mãe esta sentindo-se sozinha, desde que nós duas saímos de casa. O terapeuta falou em “síndrome do ninho vazio”. E o médico receitou remédio para a depressão. Só sei que não gosto de ver ela assim. O problema é que eu não sei o que fazer.

Eugênia ouviu com atenção a preocupação daquela jovem e disse com sabedoria – Calma, eu sei o que deves fazer: Comprar um cachorro! – Mariana reagiu – Como assim? – E dona Eugênia continuou – Isso mesmo! Compra um cachorro para tua mãe. Mariana respondeu – Mas dona Eugênia, a senhora não entendeu? Ela está em depressão, está triste, pra baixo. E eu ainda vou dar um cachorro? Assim eu  vou acabar arrumando mais um problema para a vida dela!

Dona Eugênia explicou: pelo contrário, o cachorro será uma nova companhia, uma nova experiência. De acordo com o que você disse, a vida de tua mãe se resumia em cuidar das filhas. Agora, que vocês duas saíram de casa, ela ficou sem metas, sem rumo. Ela necessita de uma nova ocupação, de novas metas, novas experiências que a façam sentir-se útil novamente. Segue o meu conselho, dá um cachorro para ela e te garanto que sai dessa depressão em poucos dias. Além disso, um cão ou um gato são sempre ótimas companhias.

Então Mariana deu um presente para a sua mãe um cão da raça Shih-tzu. Em um primeiro momento, a triste senhora resistiu em aceitar o novo morador. Mas, já na primeira semana, aquele cãozinho tonou-se a nova alegria da casa. A mãe de Mariana saiu da depressão em poucos dias e voltou a sorrir como antes. Afinal, agora ele tinha novas responsabilidades: dar de comer para o cãozinho, levá-lo para passear, ir na pet para dar banho e cortar o pelo, etc.

Por isso recomendo que sempre que sentir tristeza ou desânimo com relação a uma determinada situação, coloque “entusiasmo” em sua vida. Para isso, pergunte-se: qual é a próxima meta? Tenha sempre metas motivadoras de vida. Tenha sempre um motivo para viver. E se o desafio for o de superar a solidão, por exemplo, consiga um gato ou um cachorro. Eu garanto que você terá uma vida cada vez melhor.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Faça Sempre o seu Melhor

Artigo publicado na coluna Opinião, Jornal NH.

Toda sexta-feira, Gustavo tinha o hábito de dar uma passada na casa do seu tio Arlindo para colocar a conversa em dia. Gustavo costumava aconselhar-se com o seu tio, pois admirava o seu caráter, sua experiência e sua sabedoria.

Certo dia, Arlindo percebeu que o seu sobrinho não estava muito bem. Como de costume, ele lhe perguntou como havia sido a semana. Ao que Gustavo respondeu: “Ruim, muito ruim. Eu não me lembro de um mês tão fraco de vendas. Não sei o que está acontecendo!”.

Arlindo procurou consolá-lo dizendo: “ Calma, rapaz. Tudo vai melhorar. Além disso, tu me disse que recebeste uma nova proposta de emprego. Ou estou enganado?” Gustavo respondeu: “Sim, eu recebi uma proposta para trabalhar na empresa dos meus sonhos! Fiz até uma entrevista de seleção e fiquei entre os melhores. O problema é que até agora não me chamaram. E isso já faz mais de um mês. E desde que recebi esse convite parece que a minha vida travou!”

Arlindo abriu um compreensivo sorriso e continuou: “Sabes qual é o problema? Perdeste o foco! Paraste de focar as energias no teu atual trabalho. A partir do momento em que surgiu uma nova proposta, o teu olhar passou a estar focado nesta direção. O problema é que essa nova proposta ainda não é concreta. É apenas uma possibilidade. É como se parasses de trabalhar na esperança de que um bilhete de loteria seja premiado. Por isso, as tuas vendas caíram! Porque tiraste o foco do teu atual trabalho. Precisas imediatamente  voltar a te focar e dar o teu melhor na empresa que hoje representas.”

Gustavo concordou com a sabedoria de seu tio e num abraço apertao agradeceu o conselho.

Por isso, eu recomendo que, mesmo que uma nova oportunidade de trabalho surja, enquanto estiver na sua atual atividade, dê o seu melhor. Faça sempre o melhor trabalho que puder.

Tenho certeza que esse melhor será reconhecido. E se um dia, de fato, você tiver que deixar para trás um emprego, que a saudade de um trabalho profissional e bem feito fique na história de sua trajetória. Faça sempre o seu melhor e garanto que você terá uma vida cada vez melhor.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Se Ele Deixar, Eu Uso

Artigo publicado na coluna Opinião, Jornal NH.

Era sábado à noite, quando oito casais de amigos se reuniram para disputar um campeonato de canastra, no apartamento de dona Eugênia e seu Arlindo. Claro que antes da jogatina, um delicioso churrasco estava sendo preparado pelo anfitrião. Entre uma risada e outra, Arlindo pediu para que Ramon, o mais solícito de todos, oferecesse aos demais convidados uma tábua de frios.

Quando Ramon já havia oferecido, ouviu Paulo lhe pedir – Ramon, já que estás de pé, faz um favor para nós: pega uma cerveja lá na cozinha. Pode ser? – Imediatamente, no intuito de agradar os amigos, Ramon foi até a cozinha e retirou da geladeira a cerveja mais gelada que encontrou. Colocou a garrafa na mesa e ouviu Paulo lhe pedir – Ramon, faltou um copo. Te importas de buscar mais um copo para nós? – De pronto, Ramon foi novamente até a cozinha e trouxe o copo que faltava. Quando ele estava a passos da mesa, ouviu Paulo dizer – Ramon, aproveita e me alcança o meu cigarro que esta ali, em cima do balcão. E pega também o isqueiro. Arlindo ficou espantado com aquela sequência de pedidos e reclamou – Oh Paulo, tu achas que o Ramon é o teu empregado? – Ao que respondeu – Não. Mas, se ele deixar, eu uso!

Quantas pessoas você conhece que são “usadas pelos outros”, pelo simples fato de não saber impor limites? A origem desse tipo de comportamento está no medo. São pessoas que sentem medo de não agradar, de serem criticadas, de não serem aceitas, de não serem queridas ou de qualquer outro tipo de rejeição. Por medo, preferem dizer “sim”, quando em realidade deveriam dizer “não”.

Minha recomendação é que toda vez que você tiver dificuldade de dizer não ou de impor limites, faça duas perguntas: Eu estou com medo de quê? Assim que você reconhecer o medo, faça a segunda pergunta: E se eu disser não, se impor limites, o que eu tenho a ganhar e o que tenho a perder? Você verá que há muito mais a ganhar, do que a perder.

E tomando consciência das vantagens, passará a agir com coragem. Saberá dizer não e colocará limites com a maior naturalidade. Como recompensa, você conquistará o respeito das outras pessoas, passará a gostar ainda mais de você aumentando a sua autoestima e terá uma vida Cada Vez Melhor.